Rafael Simão foi assassinado, friamente, por um comando de extermínio. Faz dois anos. E ele não foi a única vítima. Entre 21/11/2014 a 08/07/2015, só em Mogi, mais de 21 jovens foram brutalmente assassinados à bala e 12 ficaram gravemente feridos. Essas chacinas aconteceram nos bairros da Vila natal, Vila Brasileira, Jundiapeba, Caputera, Jardim Universo, Vila Nova União e Conjunto do Bosque.
Em Meio ao luto e a uma dor imensa, nós mães desses filhos assassinados organizamos o grupo "As Mães Mogianas" para denunciar essa chacina e lutar por Justiça e punição aos criminosos.
Há fortes indícios e provas de participação de Policias Militares nessas chacinas que, organizados em Grupos de Extermínio, agem de forma brutal e preconceituosa, assassinando a juventude pobre e negra que reside nas periferias.
Por que criamos o grupo "As Mães Mogianas"? Porque não ficamos caladas, porque mostramos as nossas caras em atos, em entrevistas na mídia e porque pressionamos o poder público, esses assassinatos ficaram visíveis para todo o Brasil e para o mundo.
Dois policiais militares já estão presos no presídio militar da Romão Gomes. Tem mais gente envolvida nessas chacinas. Eles agem de forma fria, brutal e por motivo torpe executam jovens inocentes, alguns em plena luz do dia, pois contam com a impunidade.
Nós, "As Mães Mogianas", não nos calamos enquanto o último criminoso não for preso. Exigimos justiça, exigimos prisão para esses assassinos que eliminam nossos filhos apenas por serem pobres, negros e da periferia.
Fim da impunidade!
Mães Mogianas e Comitê contra o genocídio do povo preto, pobre e periférico.
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Balcão da Arte
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