Qual a nossa contribuição para um mundo de excessos?
Será que devemos de fato produzir? Ou diminuirmos nossa
presença no mundo?
Excesso de sons, imagens,
sabores, sentimentos... Por que achamos que nossa pretensa capacidade de
criação pode alterar o rumo das coisas?
A tinta jogada sobre a pintura
irregular removerá as outras tintas da tela já saturada?
O novo acorde silenciará os
timbres perturbadores que ecoam pela cidade?
Um novo amor é capaz de remover a
lembrança de outros amores?
Talvez a revolução do momento
seja a de não ser.
E assim trazer um pouco mais de
silencio ao mundo.
Não ver, não ouvir, não sentir...
e assim resgatar um pouco da paz sensorial, que nunca existiu.
Ainda que isso seja impossível,
fica a provocação.
Ainda que seja desnecessário, fica
a contradição.
Anderson Borges
13/05/2013
Anderson Borges de Santana
Professor da Rede de Ensino de Suzano, Graduado em Pedagogia (UMC), Pós-Graduado em Educação Especial (Uninove), participante da Diretoria Executiva da Associação Cultural Opereta, bem como do Núcleo Teatral e Comunicação da Opereta e integrante do Cia. Siso Teatral. Atualmente desenvolve o blog da Associação Cultural Opereta.
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